quarta-feira, 2 de junho de 2010

O importante não foi o placar.

O futebol não foi vistoso, nem mesmo empolgante, mas o amistoso da Seleção Brasileira frente ao Zimbábue, na capital dos anfitriões – Harare – na manhã desta quarta-feira, em que venceu por 3x0 serviu para algumas ponderações importantes.

A primeira é que Kaká, a grande esperança brasileira na Copa de 2010, não reclamou de dores, mas precisa de ritmo de jogo. Ele bem que tentou, mas errou muitos passes. A outra é a grande preocupação da comissão técnica em relação à condição física dos atletas brasileiros para o início dos jogos.

Durante os noventa minutos de jogo foi flagrante a apreensão dos médicos brasileiros em poupar determinados jogadores. O primeiro deles foi o goleiro Júlio Cesar, que aos 26min foi substituído por Gomes, após sentir dores abdominais. Na virada do primeiro para o segundo tempo saíram Lúcio, Maicon e Kaká para dar lugar a Luisão, Daniel Alves e Julio Baptista, respectivamente. No decorrer da segunda etapa, Dunga ainda fez as substituições de Luis Fabiano por Grafite e a de Robinho por Nilmar.

Importante o rodízio já que em toda Copa os jogadores que atuam na Europa chegam esgotados após a desgastante temporada do velho continente. Principalmente os que chegaram até o final dos campeonatos nacionais e da WEFA Champions League, casos de Júlio Cesar, Maicon e Lúcio.

Desde a Copa de 70, com uma folga apenas em 90, A Seleção Brasileira tem ao menos um corte para a Copa. Em 70 foi Rogério do Botafogo, em 74 Wendel e Clodoaldo, em 78 Nunes e Zé Maria, no ano de 82 Careca, na copa de 86 foi a vez de Mozer e Cerezo, em 94 Ricardo Gomes e Mozer, novamente, em 98 foi o Baixinho Romário, em 2002 o volante Émerson e em 2006 o zagueiro Edmilson.

Voltando ao jogo, muito embora tenha sido um amistoso contra uma equipe fraca e que há a preocupação de se poupar, é preciso atenção, pois os zimbabuanos por pouco não abriram o placar em duas oportunidades logo na primeira etapa, aos 19 e 27 minutos. Mas quando o Michel Bastos acertou uma pancada na cobrança de falta aos 41min do primeiro tempo, as coisas ficaram mais calmas. Robinho marcou logo depois, aos 43min após belo passe de Maicon. Mas o mais bonito ficou para a etapa final. Uma bela triangulação entre Daniel Alves, Julio Baptista (La Besta) e Elano rendeu um belo gol, com direito a passe de letra de Julio.

Há quem diga que após o terceiro gol, Dunga tenha sussurrado:
- Olha aí, a Besta também dá passe de letra, não preciso de Ganso nem Patinho Feio pra isso.  

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