quarta-feira, 28 de abril de 2010

Valeu pelo primeiro jogo.

O confronto taxado como a final antecipada do maior torneio de clubes do mundo, a WEFA Champions League, valeu apenas pela primeira partida entre Internazionale-ITA e Barcelona-ESP, realizado na Itália, quando a equipe dirigida pelo treinador José Mourinho bateu o time de Pep Guardiola por 3x1 de virada.

Diante da vantagem conquistada no estádio Giuseppe Meazza na Itália, a Inter foi a Barcelona com o intuito de jogar na base dos contra-ataques. Até aí nenhum problema. O que complicou a beleza do espetáculo foi à expulsão do volante da equipe italiana, Thiago Motta, aos 29 minutos do primeiro tempo. Foi quando o técnico português resolveu recuar até os atacantes da Internazionale e passou a jogar com os 10 atletas que lhe restaram no campo de defesa, abdicando até mesmo dos contra-ataques.

Importante chamar atenção, também, para a incompetência do time espanhol em penetrar a zaga da Inter durante os 90 minutos de partida. O jogo só teve alguma emoção nos últimos nove minutos, quando o Barça conseguiu marcar o gol, com o zagueiro Piqué. Tanta emoção que a equipe catalã marcou mais um gol aos 47 minutos do segundo tempo, mas a jogada já havia sido paralisada pelo árbitro, que marcou um toque de mão de Yaya Touré.

Outro fato necessita de atenção. Não tivesse o goleiro Júlio Cesar feito uma excelente defesa, quatro minutos após a expulsão de Thiago Motta, em um chute excelente de Messi, a partida poderia ter sido diferente, já que o Barça teria os dez minutos restantes do primeiro tempo e todo o segundo para tentar marcar mais um gol para garantir a classificação à final contra o Bayer de Munique, no próximo dia 22.


No final das contas, a equipe italiana se classificou ao estilo que a consagrou em suas duas conquistas na WEFA Champions League, nas temporadas 1963-64 e 1964-65, com um dos treinadores mais retranqueiros que o futebol já viu, Helenio Herrera. 

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Para enxergar a realidade

Muitos jogadores de futebol se tornaram ídolos de gerações pelas conquistas por eles alcançadas durante a carreira. Mas não só por isso, também por sua conduta fora dos gramados, demonstrando respeito a seus torcedores e também pela imagem que deixam para a sociedade.

Adriano (O Imperador) conquistou fama e sucesso após a saída dele do Flamengo para o futebol italiano, onde brilhou, principalmente, na Inter de Milão. Retornou ao Brasil com a ameaça de deixar o futebol após uma sequência de escândalos envolvendo seu nome na Itália.

No Rio de Janeiro, encontrou novo ânimo para o retorno para os gramados. De volta a sua comunidade e ao clube que o projetou, o Flamengo, Adriano se viu em casa e assim passou a ser ídolo da maior torcida do país. Diante de tantas regalias, o Imperador se sentiu em casa.

Adriano conquistou a torcida marcando gols decisivos pelo Rubro-negro. Mas como já dito anteriormente, um ídolo não se faz apenas de conquistas dentro de campo. Se dentro dele Adriano se mostrou infalível, fora dele dá provas de fracasso. Com o nome estampado nas capas das colunas sociais e também das manchetes criminais dos jornais, Adriano faltava a treinos e deixava de fazer parte do elenco em jogos importantes. Mas ainda assim, quando entrava em campo era decisivo e marcava os gols necessários para sair do maracanã como grande herói do domingo.

E assim, deixou uma legião de admiradores, em sua grande maioria crianças, com a ideia de que é possível se aventurar em baladas, deixando de lado as responsabilidades, faltando aos treinos, sendo que nos jogos fazia valer seu salário e R$ 450 mil com os gols. Para os garotinhos, há muito tempo carentes de um ídolo que dê razão ao título, o exemplo de Adriano é a prova de que é possível vencer mesmo com tantas ações equivocadas.

Por isto, mesmo aos flamenguistas, uma coisa boa aconteceu com a perda do pênalti do Imperador. A lição de que é preciso enxergar a realidade. Três semanas sem treinar e sem jogar refletem no desempenho de qualquer atleta. Adriano precisava errar aquela cobrança para mostrar a o todos que os imperadores caem quando não zelam por seus Impérios, até mesmo o Império do Amor.

Que saudade daquele camisa 10 da Gávea!

sábado, 10 de abril de 2010

O Vira!



Fluminense e Botafogo foram protagonistas de mais uma semifinal de Taça Rio. Foram noventa minutos de mudanças de atitudes de ambas as equipes, de acordo com o que se desenhava durante a partida.
Antes mesmo que se pudesse averiguar qual equipe jogava melhor, Loco Abreu abriu o placar para o Botafogo, aos dois minutos de partida.

Daí em diante o que passou a ser visto foi um Fluminense com predomínio na posse de bola e na criação de chances de gol, com jogadas trabalhadas pelas laterais do campo, enquanto o Alvinegro carioca buscava o artilheiro uruguaio em bolas alçadas na área.

Insistência recompensada com os dois gols de Fred, que antes de alcançar os tentos havia perdido um pênalti, em que jogou a bola no travessão de Jefferson, armando assim a primeira virada do jogo. A virada tricolor.

Na segunda etapa Joel resolveu mudar a equipe e tirou seus dois meias para colocar dois atacantes, e deu mais opções a equipe para marcar os gols. Mas o Botafogo empatou na insistência da bola aérea, com Fahel, e virou com uma bola que sobrou na frente da área chutada pelo talismã alvinegro, Caio, que teve a interferência de Herrera, impedido, que abriu as pernas para a passagem da bola, atrapalhando o goleiro Rafael. E assim foi o vira botafoguense.

Um detalhe sobre o Caio. Bom jogador, que seria melhor se o prodígio de Joel Santana não confundisse o gramado com uma piscina de bolinhas. A cada encontro com os jogadores do Fluminense, Caio se jogava, impressionante como em todas as dividas ele procura o chão. Futebol se joga em pé Caio, continuando assim, pode mudar seu nome de Caio para Cai.

Agora para que o vencedor do confronto entre Vasco e Flamengo se sagre campeão, será necessário superar o Botafogo em três partidas. Primeiro na decisão da Taça Rio para evitar o título antecipado do time da estrela solitária e depois nas duas partidas da grande final do Campeonato Carioca. 

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Raça! Superação! Vacilo!


Pela libertadores o Flamengo teve o confronto frente ao Universidad de Chile, adiado da noite de quarta-feira (07/04) para a tarde de quinta-feira (08/04), por conta das fortes chuvas que assolam o Rio de Janeiro.
Antes do início da partida a classificação do grupo 8 (grupo do Flamengo) era a seguinte:

Univ. de Chile    7p
Flamengo           6p
U. Católica        3p
Caracas             2p

Quando o time chileno abriu o placar aos 40 minutos do primeiro tempo a classificação passou a ficar assim:

Univ. de Chile   10p
Flamengo           6p
U. Católica        3p
Caracas             2p

A base de muita RAÇA o clube carioca conseguiu empatar com Michael aos 22 minutos da segunda etapa e retornou a diferença entre as equipes para apenas um ponto, mas com o clube chileno ainda a frente do Flamengo.

Univ. de Chile   8p
Flamengo          7p
U. Católica        3p
Caracas            2p

Na base da SUPERAÇÃO, Léo Moura colocou o Rubro-negro na frente do placar aos 37 minutos, fazendo 2x1 no placar, resultado que garantia o Flamengo como primeiro de seu grupo.

Flamengo           9p
Univ. de Chile    7p
U. Católica        3p
Caracas             2p

7 minutos separavam o Flamengo da tranqüilidade rumo a próxima fase da Libertadores, mas aí veio o VACILO. Com a vantagem no placar o time carioca deu espaço para Rodriguez empatar e levar o Flamengo de volta a segunda colocação no grupo 8.

Univ. de Chile  8p
Flamengo         7p
U. Católica      3p
Caracas           2p

Resta agora ao Flamengo esperar um tropeço do Univerdad frente ao Caracas ou o Católica, ou então torcer para, ao fim da primeira fase, estar entre os seis melhores segundos colocados dentre os oito grupos da 
Libertadores.

Classificação dos segundos colocados:

São Paulo                          10p        5j            6SG        (grupo 2)
Estudiantes                         10p        5j            5SG        (grupo 3)
Vélez Sarsfield`                  10p        5j            1SG        (grupo 7)
Universitário                        9p         5j            3SG        (grupo 4)
Banfield                               8p         5j            2SG        (grupo 6)
Flamengo                            7p         4j            3SG        (grupo 8)
Cerro                                  7p         4j            1SG        (grupo 5)
Racing de Montevidéu         7p         4j            1SG        (grupo 1)


Entenda às regras:
O regulamento da Libertadores deste ano prevê que os primeiros colocados dos oito grupos têm vaga garantida nas oitavas de final da competição, juntamente com os seis melhores segundos colocados.

Isto porque, no ano passado as equipes mexicanas (San Luis e Chivas Guadalajara) ficaram de fora devido à epidemia da Gripe A. Assim entraram direto nas oitavas da Libertadores 2010.

O critério para desempate nesta primeira fase é seguinte, nesta ordem:
Pontos; saldo de gols; maior número de gols a favor; maior número de gols fora de casa e sorteio.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

1° de Abril Botafoguense

No dia da mentira o Botafogo aprontou para cima de sua torcida. Pela Copa do Brasil a equipe Alvinegra enfrentou o Santa Cruz pela partida de volta. No primeiro jogo o Fogão venceu por 1x0 em Recife, placar que forçava a equipe carioca a ao menos empatar com o time pernambucano.

Foi aí que o Botafogo resolveu brincar com seu torcedor e aproveitou o 1° de Abril para pregar uma peça em todos os botafoguenses. Parecia tudo combinado, olha só: Aos seis minutos do primeiro tempo, o meia Léo chutou forte do meio da rua e o goleiro Jefferson aceitou. 1x0 Santa Cruz.

Para não perder o clima e esconder direitinho a brincadeira do dia da mentira, o Botafogo seguiu jogando mal, mas para não deixar com que a brincadeira lhe fugisse às mãos empatou a partida aos 20 minutos do 1° tempo, com gol de Herrera.

Como o resultado de 1x1 dava a vaga ao Botafogo, o árbitro, Wilton  Pereira Sampaio, resolveu participar da peça armada e marcou um pênalti inexistente aos 45 minutos da primeira etapa. Mas em um lapso de memória, o Jefferson, goleiro botafoguense, esqueceu do programado e pegou a cobrança feita por Élvis.

Final de 1° tempo, equipe no vestiário, Joel Santana deve ter aproveitado e puxado a orelha do goleiro Alvinegro e lembrado a ele da brincadeira do dia da mentira. Lição dada e aos 25 minutos da segunda etapa, Jefferson falha no chute de Brasão. 2x1 Santa Cruz.

O relógio marca 40 minutos do 2° tempo, o argentino Herrera pensa: Basta ya con la broma, es el momento para asegurar la clasificación! E marca o segundo gol do Botafogo, gol que leva a equipe carioca as oitavas de final da Copa do Brasil.

2x2 no placar, tudo tranquilo, mas esqueceram de avisar ao Souza, atacante do Santa, que acabara de entrar, que era o momento de virar aos torcedores do Botafogo  e dizer que tudo não passou de uma brincadeira de 1° de Abril. O Souza foi e marcou o terceiro gol do time pernambucano, aos 45 minutos do segundo tempo.

Veja se pode uma coisa dessas, por uma brincadeira mal organizada o Botafogo está fora da Copa do Brasil. Tem coisas que só acontecem mesmo com o Botafogo.