terça-feira, 29 de junho de 2010

Espanha domina o touro português

Na tarde desta terça-feira a África do Sul foi palco da mistura do futebol com as touradas espanholas. O placar de 1x0 para os espanhóis sobre os portugueses não revela o tamanho da superioridade da Seleção da Espanha sobre os lusos. Os torcedores que estiveram no estádio Green Point, por noventa minutos, pensaram estar em uma arena.

Como um toureiro desfila seus dribles perante o desespero do touro, a Espanha dominou o time liderado por Cristiano Ronaldo. O uniforme rubro da “Fúria” se confundia com a muleta vermelha usada pelos toureiros. E o goleiro Eduardo – melhor português em campo – simbolizava a bravura do animal, que diante de tantos golpes aos poucos perde força e acaba cedendo a seu oponente.

Foram 19 chutes disparados contra gol de Eduardo, sendo que 10 foram disparados diretamente na meta como se fossem “farpas e palmos”. Do outro lado Casillas foi exigido apenas em três oportunidades, dos nove chutes feitos por nossos patrícios. Sem contar a posse de bola que ficou em 61% do tempo de jogo nos pés espanhóis.

Ao comparar as ações dos jogadores com as de um toureiro, o único ponto de crueldade que podemos encontrar nesta partida, foi o fato do gol marcado por David Villa aos 18min do segundo tempo – o quarto dele no Mundial – ter sido feito em posição irregular. Impedimento de televisão, mas o camisa 7 espanhol estava impedido.

Depois do gol o que se viu foi a valorização da Espanha pela posse de bola, rodando a pelota como se faz em uma roda de aquecimento. Se o palco desta partida fosse a "Plaza de Toros de las Ventas", em Madrid, ao invés dos zumbidos das “vuvuzelas” se ouviria os gritos de Olé!

*foto: terra.com.br  

Um comentário:

  1. Confesso que torci pra Portugal, pelas minhas raízes, principalmente. Mas é difícil depender só de um jogador. A Espanha joga como o Barcelona: domínio de bola, controlando o jogo, com passes curtos e muita calma. Totalmente válida a comparação com uma tourada. Portugal não teve meio-campo: era sempre bola rifada pra frente. Aí fica complicado. Espanha na semi, Paraguai é fraco no ataque. E bom texto, Rafa Seco. Como sempre! Hehe.

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